Por Milena Moscoso Feldens
Recentemente, a Prefeitura do Rio de Janeiro anunciou o primeiro leilão de créditos de carbono e micromobilidade no mundo, que faz parte do projeto da Bolsa Verde. Tal projeto tem como objetivo trazer à cidade comercialização de crédito de carbono e de ativos ambientais, além de proporcionar regulação ao tema. Com esse plano, a Prefeitura tem o objetivo de tornar o município do Rio de Janeiro um hub de sustentabilidade e de investimentos.
O leilão está previsto para ocorrer no dia 27 de abril, e será operacionalizado por meio da plataforma AirCarbon Exchange (ACX), em parceria com a Tembici – empresa líder de tecnologia para micromobilidade na América Latina e responsável pelo sistema de bicicletas compartilhadas do Itaú. Diante disso, as empresas que tiverem interesse em participar do leilão deverão se cadastrar na plataforma ACX para dar seu lance.
Observa-se que o meio ambiente vem sofrendo pelas mudanças climáticas ocorridas nos últimos anos, que geram impactos diretamente em espécies animais e vegetais, no mar e nas chuvas, entre outros. Diante desse cenário, algumas medidas estão sendo adotadas para a proteção do clima em âmbito global, e o projeto Bolsa Verde está entre elas.
Numa visão macro, esse cenário trará mais sustentabilidade ao município do Rio de Janeiro e, consequentemente, impactos no aquecimento global, o que ajudará na preservação do meio ambiente, além de ser uma atraente oportunidade de investimentos financeiros, o que poderá ser benéfico, não somente do ponto de vista da sustentabilidade, mas também ao Município e à população.
O município do Rio de Janeiro tem a intenção de reduzir, em caráter temporário, sua alíquota de ISS até 2030 de 5% para 2%, beneficiando as atividades que gerem o crédito de carbono e as plataformas envolvidas no seu processo de transação; contudo essa nova alíquota ainda depende da aprovação no legislativo.
Sabe-se que no Rio de Janeiro estão presentes importantes empresas dos setores de energia, que poderão com a iniciativa diminuir sua emissão de CO2, bem como estar alinhadas com suas políticas de ESG – Environmental (Ambiental), Social (Social) e Governance (Governança).
A equipe do CMT continuará acompanhando o tema e fica à disposição para maiores esclarecimentos.