A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) anunciou uma nova etapa em seu esforço para consolidar modelos de remuneração baseados em valor no setor de saúde suplementar. Em 31/10, foi formalizado um acordo de cooperação técnica com o Instituto Brasileiro de Valor em Saúde (IBRAVS), o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) e os Conselhos Regionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional das 3ª e 4ª Regiões (CREFITO 3 e CREFITO 4).
Autor: Andrey Vilas Boas de Freitas
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) formalizou, em 31 de outubro, um acordo de cooperação técnica com o Instituto Brasileiro de Valor em Saúde (IBRAVS), o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) e os Conselhos Regionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional das 3ª e 4ª Regiões (CREFITO 3 e CREFITO 4). O acordo, com duração de cinco anos, visa aprimorar e expandir o Programa de Modelos de Remuneração Baseados em Valor, incentivando operadoras de planos de saúde e prestadores a adotarem pagamentos focados em resultados para os pacientes, promovendo eficiência e sustentabilidade.
A iniciativa é fruto de um chamamento público da ANS e conta com um plano de trabalho aprovado pela Diretoria Colegiada. Segundo Maurício Nunes, diretor de Desenvolvimento Setorial da ANS, o objetivo é “estimular modelos que integrem coordenação do cuidado, avaliação de desfechos e experiência do paciente”. Paulo Rebello, diretor-presidente da ANS, reforça: “Queremos um sistema mais eficiente e focado em qualidade, alinhando a prestação de serviços ao melhor uso de recursos.”
Saúde baseada em valor: foco em resultados
Esse modelo representa uma mudança estrutural, remunerando não apenas pela quantidade de procedimentos, mas pela qualidade e eficácia do cuidado. A ANS destaca a saúde baseada em valor como uma estratégia para práticas mais responsáveis, otimizando recursos e reduzindo desperdícios. “Cada real investido deve gerar benefícios concretos para o paciente”, explica Maurício Nunes.
Além de melhorar desfechos clínicos, o modelo incentiva transparência, compartilhamento de informações e uso de tecnologias que monitoram pacientes e avaliam resultados, como a redução de reinternações e a melhora na qualidade de vida.
Impactos no sistema de saúde
A adoção desses modelos promete elevar a qualidade da assistência e garantir a sustentabilidade econômica. Para as operadoras, é uma oportunidade de alinhar custos a práticas que gerem benefícios reais. Para os pacientes, significa cuidados mais integrados e resolutivos.
A ANS ressalta que o sucesso depende da colaboração entre agentes do setor. A parceria com o IBRAVS, COFFITO e os CREFITOs é um passo importante para consolidar um sistema de saúde mais justo, eficiente e centrado nas necessidades do cidadão.